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domingo, 4 de dezembro de 2016

"IMAGINA ESSE PALCO QUE SE MEXE"

                                                Elenco de "Imagina esse palco que se mexe",
                                                                 direção Moacir Chaves.
                                                                   (Fotos Divulgação).


IDA VICENZIA
(da Associação Internacional de Críticos de Teatro - AICT)
(Especial)

IMAGINA ESSE PALCO QUE SE MEXE

     Ora, Ora! Agora estamos às voltas com a ciência! A que espetáculos nos leva a imaginação do diretor Moacir Chaves. O último deles, "2.500 por hora", se propunha a contar a historia do teatro em 60 minutos. Uma verdadeira maratona teatral. Agora, estamos às voltas com a  historia da humanidade desde seus primórdios, quando "saímos" da água e viramos seres rastejantes... Aliás, idéias impactantes. A primeira delas foi pensada por dois franceses, a segunda pelo nosso Moacir Chaves em parceria com o físico João Ramos Torres de Mello Neto... e as quatro atrizes que compõe a cena: Elisa Pinheiro, Karen Coelho, Luisa Pitta e Monica Biel. O embrião da ideia começou em um jantar de aniversario do diretor...

     Pano de fundo negro, revestido por estrelinhas cintilantes, platéia de 35 espectadores, quatro atrizes se revezando (todas elas excelentes), e eis que entramos em ligação direta com o cosmos! Trata-se de um espetáculo inesperado, e a curiosidade humana, unida ao inevitável da sua evolução, leva-nos a uma aventura sui generis - nunca antes registrada no palco - com (esse aspecto de) constatação da vida, e, ao mesmo tempo, vivência da mesma. Tal acontecimento torna-se possível graças à narrativa do astrofísico Mello Neto... relatando-nos, com seu texto, a sua própria experiência como cientista e pesquisador, teatralizada por Moacir Chaves.  

     Impossível reproduzir as nuances dessa aventura. Talvez, as que mais nos ficam na memória sejam as sutilezas dos encontros celestes, as descobertas dos buracos negros... e as conseqüências desses "encontros" para os habitantes do planeta Terra! Todo o relatado é feito com muito espanto e poesia.

     Um aspecto que ficou marcado em nossa surpresa foi a cegueira do personagem de Monica Biel, colocada ali como se fosse explodir, de um momento para outro, em revelação!  

UM ESPETÁCULO IMPERDIVEL!!!!!!

Na ficha técnica temos a iluminação de Paulo Cesar Medeiros; texto coletivo, extraído da narrativa de Mello Neto; "experimentação teatral" dirigida por Moacir Chaves, com assistência de direção de Francisco Ohanna. Figurinos do cotidiano, alguns de rara beleza (Inês Salgado). Direção Musical Tato Taborda.     
     

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